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| Foto: Reprodução | |
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou a aliados que foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como candidato do grupo à Presidência da República em 2026. A declaração ocorreu após visita de Flávio ao pai, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A informação, divulgada inicialmente pelo portal Metrópoles, foi confirmada por integrantes da cúpula do PL.
Segundo relatos, Bolsonaro orientou o filho a adotar postura de candidato: intensificar viagens, marcar presença em eventos nacionais, confrontar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e organizar palanques estaduais. A estratégia busca preservar o capital político da família e fortalecer Flávio para disputar o pleito.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou apoio à decisão: "Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos". Já o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que respeitará qualquer escolha feita pelo ex-presidente.
Apesar da movimentação, parte dos aliados avalia que a indicação pode ser provisória, servindo como forma de Bolsonaro manter controle interno do partido em meio à sua fragilidade política.
A escolha ocorre após desentendimento entre Flávio e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que venceu disputa interna no Ceará ao barrar aproximação com Ciro Gomes. Michelle era vista por uma ala do PL como nome forte para a vice-presidência, mas interlocutores próximos afirmam que ela não foi informada da decisão sobre Flávio.
Nos bastidores, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era apontado como favorito para liderar a chapa bolsonarista. Contudo, Tarcísio sinalizou intenção de concluir o mandato e não compor como vice, o que abriu espaço para Bolsonaro priorizar o filho.
Aliados destacam que Flávio largaria com palanques relevantes, contando com apoio de governadores como Tarcísio, em São Paulo, e Cláudio Castro, no Rio de Janeiro. A movimentação representa reconfiguração no campo da direita, que busca se reorganizar para 2026.